Psicóloga avalia: menino Henry foi “muito abusado psicologicamente”

Avaliação foi destaque no Cidade Alerta RJ e feita com base em desenhos da criança

Em participação no Cidade Alerta RJ, apresentado por Ernani Alves, a psicóloga Ana Café analisou detalhadamente os desenhos feitos pelo menino Henry. Durante a avaliação, pontos importantes foram destacados, como a violência psicológica sofrida pelo menino e o risco para o desenvolvimento de transtornos de personalidade em crianças vítimas de abuso.

"Uma das casas, que está fechada no desenho, é uma casa da onde não se pode entrar ou sair informações. Quando falamos de janelas, por exemplo, podemos pensar na relação com as emoções que transitam pela gente. Na casa representada pelo desenho, não há janelas, nada consegue transitar ali. Esse menino foi muito abusado psicologicamente, não apenas fisicamente”, avalia Ana Café.

A psicóloga continua e ressalta que o menino Henry poderia vir a desenvolver um quadro de agressividade e de transtorno de personalidade, pelo sofrimento e pela agressão sofrida em uma idade tão precoce.

Ela ainda aponta que “é muito comum que crianças que foram abusadas na infância possam se tornar abusadores na idade adulta".

A morte do menino Henry foi ocasionada por um suposto espancamento dentro de casa. O caso chocou o Brasil e, segundo o delegado que investiga o caso, o namorado da mãe, o vereador Dr. Jairinho, do Rio de Janeiro, foi o responsável pelas agressões que levaram o garoto à morte.

Dados da perícia revelaram que a sessão de tortura contra Henry começou às 23:30 da noite e terminou duas horas depois. Quando o garoto deu entrada no hospital, por volta de quatro da manhã, ele já estava morto.

Vale lembrar que quem opta pelo silêncio ao testemunhar maus-tratos é cúmplice de um crime. O Disque 100 é um serviço criado exatamente para atender esses casos, em que o denunciante também é vítima da opressão e do assédio violento do agressor.

Assista a reportagem completa em: Portal R7